O FIM DA ESCRAVIDÃO DAS GUARDAS MUNICIPAIS ?

O FIM DA ESCRAVIDÃO DAS GUARDAS MUNICIPAIS, QUANDO SERÁ?

As Guardas Municipais são instituições policiais de natureza civil, uniformizadas e armadas. Está pacificado por lei federal e por inúmeros julgados dos tribunais por todo nosso País. 

Mas se está na lei, por que ainda somo acorrentados ao inexistente? Por que somos subservientes ao ato arbitrário dos gestores executivos que fingem não saber da Lei 13.022/14?

Querem uma resposta que vai doer um pouquinho?

Somos escravos, mesmo sendo livres, porque alguns de nós ainda se vendem ao patrão, em troca de migalhas, as quais são oriundas dos malditos cargos comissionados que matam as discussões sobre carreiras e evoluções funcionais e se transformam em um balcão de negócios direcionado aos judas e traidores da instituição. 

Somos escravos, mesmo sendo livres, porque nos mesmos moldes do capitão do mato, temos um de nós investido politicamente como inspetor do mato, CD do mato ou Comandante do mato, que opera o chicote do patrão, impondo aos demais a gestão pelo terror, pelo assédio moral e pela publicação de regulamentos disciplinares abusivos e ilegais.

Somos escravos, mesmo sendo livres, pois ainda o cabismo, sargentismo, tenentismo e coronelismo, são práticas dominantes no meio político das Guardas Municipais.

Somos escravos, mesmo sendo livres, pois estamos sempre esperando um pseudo messias, que nos leve em uma marcha perdida com destino a lugar nenhum, apenas para nos vender como gados a políticos oportunistas os quais achando que ainda somos crianças, nos fornece um pirulito sabor de engodo e falácias, manobrando nossos interesses para atendimento exclusivamente de suas causas.

Somos escravos, mesmo sendo livres, pois não temos liderança confiável, virtuosa e que nos conduza ao vale da credibilidade e do reconhecimento público.

Somos escravos, mesmo sendo livres, pois não nos unimos nem nas dificuldades, nem quando estamos apanhando do mesmo agressor, nem quando o sofrimento a todos nos aflige.

Somos assim, "subservientes ao inexistente", como bem nos ensina o Sub Inspetor Sacramento da GMRJ, que como ovelhas levadas ao sacrifício não entendemos ainda o nosso valor, a nossa capacidade como força policial municipal e não tomamos posse daquilo que a lei nos trouxe, a liberdade e a autorização legal para servir e proteger a população.

Quem possamos muito em breve, acordar deste Matrix que nos conectaram desde 1988, e possamos enxergar que somos uma instituição policial capaz de construir seu próprio destino pois já não somos mais crianças e sabemos para onde queremos ir. 

GCM Júnior

Policial Municipal na Cidade Limeira - SP

Coordenador do Movimento de Valorização dos

Profissionais de Segurança Pública do Estado de São Paulo

MVPSPESP

(19) 99446-8388

Imagens: Google