O CABEÇA DE PREGO E O MARTELO DA IGNORÂNCIA
Estava a meditar como pode uma situação ser tão contraditória, no universo da segurança pública, onde temos pessoas talentosas e ao mesmo tempo tão esquecidas em em seus papéis os quais basicamente são: "detectar", "analisar" e "propor" soluções para determinados problemas relacionados ao tema.
Temos talento que vão desde o topo (onde habita o pensamento estratégico), onde encontraremos Ricardo Brisolla Balestreri, Luis Eduardo Soares, Celio Egidio, Flavio Werneck Meneguelli, José Vicente Silva Filho, Carlos Alberto Marchi de Queiroz, Jose Vieira, Carlos Henrique Sacramento Dos Santos, Vinícius Domingues Cavalcante, Claudio Frederico De Carvalho, Ronaldo Fontes Linhares, J. Burato, Oséias Franscisco e outros; onde por muitos anos, também se assentaram, dois dos meus falecidos amigos: Coronel PMERJ Carlos Magno de Nazareth Cerqueira e Prof. Desembargador SP Àlvaro Lazzarini.
Temos ainda, os "medianos acadêmicos" que muito escrevem, mas seus pensamentos ficam circunscritos apenas ás páginas de suas obras publicadas (e não são poucos). Finalmente, temos os "neófitos", dotados de pouco saber e muita boa vontade (aos quais me incluo), todos a seu tempo e a seu modo, tentando desbravar o caminho para uma nova visão e pensamento para a segurança pública de uma forma geral. O legal nesta pirâmide de pensadores, executores, teóricos, neófitos esforçados e de amplo senso comum, temos um ponto central a ser verificado, que´é a busca por soluções para uma sociedade mais humana e mais segura. Isto é muito bom!
Porém, os políticos "cabeças de pregos" apenas estão preparados para interagir e receber os impactos do "martelo da ignorância",propondo soluções utópicas e planos de segurança falaciosos sem ao menos antes, reunir estes notáveis em uma grande comissão para que eles avaliem o que de fato há de viável ou não nas propostas em curso.
A discussão sobre o que há de melhor para a segurança do Brasil, está centrada em federações de militares (que defendem seus exclusivismos), passando por associações de delegados (que morrem defendendo seu "quadradinho" da exclusividade da lavratura do B.O. e dos malfadados IP) e pelo claro desprezo às justas petições (nunca atendidas) de categorias como as dos Guardas Municipais, Agentes Penitenciários, Guardas Portuários, Vigilantes, Agentes de Trânsito e assemelhados.
A discussão sobre o que há de melhor para a segurança do Brasil, está centrada em federações de militares (que defendem seus exclusivismos), passando por associações de delegados (que morrem defendendo seu "quadradinho" da exclusividade da lavratura do B.O. e dos malfadados IP) e pelo claro desprezo às justas petições (nunca atendidas) de categorias como as dos Guardas Municipais, Agentes Penitenciários, Guardas Portuários, Vigilantes, Agentes de Trânsito e assemelhados.
Políticos "cabeças de prego", martelados por idéias ignorantes, decidem cegameten e irresponsavelmente, o que as policiais são, o que farão, como farão, quem vive e quem morre sem avaliar nenhum dado estatístico, indicadores sociais, ações reflexas, consequências ao longo do tempo, regionalidade, tecnicidade das ações, impactos estruturais e financeiros e pasmem, nenhum especialista é chamado a opinar.
O SUSP é a prova cabal disso, onde certamente será mais um esparadrapo no vazamento da represa, a "Super Bonder" na sola do tênis desgastado ou a dipirona para tentar aplacar a dor de um grave tumor.
Triste é saber, que nada do que sai do Congresso ou do Senado,técnicos atende as necessidades da sociedade, pois lá não habitam estadistas e homens comprometidos com a causa pública.
Mais uma vez, o parlamento dos "cabeças de pregos", martelados pela "ignorância total" sobre o tema, irão produzir mais um "texto morto", incapaz de estabelecer o modelo ideal para a gestão de segurança pública de nossa federação.
Prof. João Alexandre
Coordenador do Programa de Educação Policial Continuado - PEPCex das Faculdades Integradas IPEP
www.pepcex.com.br | Contatos: academico@cesdh.com.br
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